A despedida de Vital Farias, os grandes caririzeiros que já se foram e a preocupação com a renovação cultural, por Júnior Queiroz

Blog do Júnior Queiroz

A música brasileira se despediu nesta semana de mais um grande nome: Vital Farias, o taperoaense que, com suas composições, levou a alma de um caririzeiro para os quatro cantos do país. Sua partida deixa um vazio, não apenas na música, mas no coração da nossa cultura nordestina. Como diz o título de uma de suas grandes composições: “Aí que saudade d’ocê”.

E essa perda traz uma inquietação. Nos últimas décadas, dissemos adeus a gigantes caririzeiros como Ariano Suassuna, Pinto do Monteiro, Zé Marcolino e tantos outros que ajudaram a construir a identidade artística da nossa região. Mas a pergunta que fica é: por que há décadas recentes, o Cariri paraibano não fez brotar mais nomes desse porte no cenário cultural nacional?

O Cariri sempre foi um berço de talentos, um solo fértil onde a cultura popular floresceu com força. Mas será que estamos dando o devido valor aos nossos artistas? Será que estamos cultivando esse legado para que novas gerações possam emergir com a mesma força e autenticidade?

É preciso refletir. A cultura precisa de incentivo, de espaços, de reconhecimento. Que a partida de Vital Farias não seja apenas uma despedida, mas um chamado para que possamos olhar para o futuro e garantir que novos talentos do Cariri continuem a ecoar pelo Brasil.

Fica a reflexão, a preocupação – e também a saudade.

Júnior Queiroz
Apresentador e Diretor do Portal Paraíba Mix

COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA

Facebook
Twitter
WhatsApp