Bolsonaro diz que “há distância muito grande” entre facada e cadeirada

Em entrevista à rádio AuriVerde Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou o impacto do episódio em que o candidato à prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) atingiu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira. Para o ex-presidente, a situação não se compara à facada que ele sofreu durante a campanha presidencial de 2018, nem aos recentes atentados contra Donald Trump.

“Tem gente que faz tudo pelo poder, inclusive essas comparações absurdas. Querer comparar o tiro no Trump, a facada em mim, com ele [Marçal] numa maca … Pelo amor de Deus”, disse Bolsonaro, nesta sexta-feira, 20. Segundo o ex-presidente, entre os episódios do atentado contra ele e a cadeirada em Pablo Marçal “há uma distância muito grande”.

Bolsonaro criticou a postura de Marçal, sugerindo que ele não deveria “aproveitar esse momento para ganhar simpatia do povo em troca de votos”.

O líder de direita ainda ironizou a postura do candidato: “eu já vi vídeo dele ensinando a fugir de um tigre na selva, mas não conseguiu segurar o ímpeto de um velhinho com uma cadeira na mão?”.

O presidente de honra do PL sugeriu ainda que Marçal teria provocado Datena, usando palavras “violentas” que feriram a “honra” do jornalista. “É um ato que eu condeno”, reforçou.

E finalizou: “A cadeirada que ele levou, se foi justa ou não, cada um que julgue. Eu não acho que foi justa, mas como ser humano, eu entendi o Datena fazer aquilo. Não tinha mais alternativa”. Para Bolsonaro, a reação de Datena, embora “covarde”, teve motivação passional. “Não podemos brincar com esse sentimento”, concluiu.

O Pix para Marçal

Durante participação no podcast Primocast, o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal afirmou que precisa de “munição” para levar sua campanha adiante. Ele solicitou que a produção da live fixasse nos comentários a chave Pix para doações à sua campanha. Além disso, Marçal mencionou ter arrecadado R$ 270 mil em doações, levantadas por meio de outro podcast, voltado ao gênero policial.

“A Marina Helena, que é do Novo, está usando dinheiro público. O Boulos tem R$ 40 milhões; eu tenho zero. Se vocês puderem ser gentis comigo, se você puder doar R$ 5 ou R$ 50, ajude. A única coisa que falta para ganhar a eleição é dinheiro”.

O ex-coach argumentou que o dinheiro pedido aos eleitores é para ele “continuar atirando em comunista”.

Segundo informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através do sistema DivulgaCand, Pablo Marçal declarou um patrimônio superior a 193,5 milhões de reais. Esse valor é quase quatro vezes maior que a soma dos bens de todos os seus adversários políticos, cujas posses totalizam aproximadamente 54,7 milhões de reais.

Marçal se tornou conhecido por ser empresário de sucesso e pregar princípios de “prosperidade”.

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