A possibilidade de transferir Eduardo dos Santos Pereira para um presídio federal é cogitada pela Polícia Civil da Paraíba. Foi o que disse o delegado Diego Beltrão, responsável pela operação para prisão do acusado no Rio de Janeiro.
“Já estamos articulando para uma possível transferência dele para um presídio federal, pelo ato da periculosidade, o histórico dele e a fuga”, afirmou.
A audiência de custódia do fugitivo estava prevista para acontecer nesta quarta-feira (20), mas será realizada nesta quinta-feira (21), às 10h, na Central de Audiência de Custódia de Campos dos Goytacazes. A corporação paraibana aguarda definição para o recambiamento do criminoso.
Segundo o delegado Diego Beltrão, Eduardo deve ser encaminhado, inicialmente, para Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1.
A Polícia Civil trabalha, desde a fuga realizada em 2020, com uma operação investigativa para conseguir capturar o criminoso.
“Pela expertise desse indivíduo, um indivíduo que não deixava rastros, mas sabíamos que a qualquer momento ele teria um deslize e a gente chegaria. Foi o que aconteceu. Na verdade, através do trabalho investigativo, que não tem como passar os detalhes, mas conseguimos localizar que ele estaria no Rio de Janeiro nesse imóvel em que ele foi preso na cidade de Rio das Ostras”, declarou o delegado.
Como Eduardo se manteve no Rio de Janeiro?
As investigações realizadas pela Polícia Civil da Paraíba para a captura de Eduardo dos Santos Pereira, mentor do estupro coletivo no município de Queimadas/PB, em 2012, identificou que o “Bar e Pizzaria do Elizeu” era uma das fontes de recursos financeiros para manter o criminoso foragido. Foi o que divulgou, na tarde desta quarta-feira (20), a Polícia.
O estabelecimento pertence ao pai de Eduardo e fica localizado dentro da favela da Rocinha, uma das maiores comunidades do Rio de Janeiro. Apesar de a Polícia Civil paraibana ter obtido essas informações no início de 2021 – ou seja, poucos meses após Eduardo fugir do presídio PB-1, em João Pessoa -, medidas restritivas impostas pela pandemia acabaram retardando outras diligências da PCPB, naquele momento.
“Com relação a questão de favorecimento pessoal, é um trabalho que estamos averiguando quem realmente vinha financiando. Segundo ele o próprio tráfico de drogas do estado do Rio de Janeiro vinha bancando a estadia dele. A certeza que temos é que durante esse período ele não trabalhava e que realmente alguém estava mantendo ele”, afirmou Diego Beltrão.
Com MaisPB