Luiz Carlos Rodrigues dos Santos, de 47 anos, acusado de matar Mayara Barros, de 37 anos, gerente de um restaurante no Mangabeira Shopping, em João Pessoa, na última sexta-feira (12), traçou toda a ação criminosa através de escritos registrados na parede de seu apartamento. A informação foi confirmada pela Polícia Civil, através de uma coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (15).
O superintendente da Polícia Civil, Cristiano Santana, informou que a polícia fez uma perícia na residência do autor do crime. Os elementos coletados, até o momento, apontam que a motivação do ataque ocorreu mesmo por conta da reprovação em um processo seletivo do restaurante Girau.
“Havia escritos na residência, na parede, que ele informava que não poderia ser julgado pelo que viesse a cometer. É um fato muito grave, até pelo número de munições que ele portava”, explicou o delegado.
A delegada Luísa Correia informou que ele relatou que já tinha esse armamento há mais de 30 anos. Ele portava consigo ao menos 40 munições no interior de sua mochila.
O relato do proprietário do restaurante, de acordo com a polícia, aponta que o acusado chegou, fez o pedido de um prato do cardápio, sentou e depois comentou que havia feito uma entrevista para entrar na empresa. A gerente, então, se levantou, começou a explicar sobre todo o trâmite do processo seletivo, mas foi surpreendida com ele se levantando e já disparando tiros contra ela à queima-roupa. Posteriormente, ele fez um outro funcionário do local de refém.
“Foi uma situação que ele criou na cabeça dele, por ter entregue o currículo alguns dias antes. Como não obteve as respostas, foi lá confrontar. Antes mesmo que ela explicasse, ele já efetua o primeiro disparo. Ele continua disparando pelas costas, até que ela cai”, disse a delegada Luísa.
A polícia informou que o acusado não tinha passagens pela polícia e que não passou o contato de nenhum familiar. Ele será indiciado pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma.