Por Júnior Queiroz
Antes de começar aviso que se você tiver uma noção mínima de xadrez terá mais facilidade para entender essa reflexão. Política já é complicado e só um jogo tão dinâmico como o xadrez para tentar acompanhar a atual conjuntura de Serra Branca.
Há pouco mais de um ano para as eleições municipais a cidade de Serra Branca tem um dos cenários mais indefinidos das últimas duas décadas.
Ninguém pode negar que a eleição do Prefeito Souzinha mudou as regras do jogo quando quebrou uma dicotomia protagonizada pelo PT e Dudu Torreão. O que antes era uma disputa de damas, hoje é de xadrez. O prefeito serra-branquense tem evitado entrar na pauta política e pouco fala sobre 2020. Enquanto isso, seu porta-voz e articulador político, Kleber Ribeiro tenta buscar caminhos para reviver a grande aliança conquistada em 2016 e tem encontrado dificuldades.
Todos sabem do distanciamento do grupo de Joda e outros vereadores (recentemente chamados de centrão) do Prefeito Souzinha. Esse distanciamento deixou o cenário político ainda mais indefinido. O nome centrão já diz: fica a um passo do governo e da oposição. Porém, ainda acho que esse grupo se realinhará ao governo até porque reeleição é a prioridade e qualquer político e esse seria o caminho mais fácil para o grupo citado.
Do outro lado tem o PT, que após três derrotas tem demonstrado interesse em jogar diferente. A fala do ex-prefeito Zizo Mamede ecoou forte no meio político como um recado que a legenda pode se abrir para um arco de aliança: “Votaria até em Flávio”. Mesmo com essas demonstrações, o PT preza pelo seu capital político e nesta semana se preparou para colocar sua peça no xadrez, uma dama mais precisamente: Cristina França será alçada Presidente (ou presidenta) do partido com o aval de todos, inclusive de Dr. Romualdo (o médico que conseguiu fazer Dra. Alda Dias caminhar com o PT nas eleições estaduais). Resumindo: o PT colocou duas peças no jogo “Queremos união¹, mas temos nomes para lançar²”.
Nesse xadrez político ainda existem duas torres e quem quiser ganhar o jogo vai precisar delas. Guilherme Gaudêncio e Flávio Torreão são aquelas peças que podem se movimentar tão fácil entre as outras que em um dia podem ser os “peões” (que oferecem apoio) e na outra jogada podem virar “reis” (as peças mais importantes do jogo).
Por fim, tudo isso mostra que o cenário político da cidade de Serra Branca ainda é complicado como um jogo de xadrez e suas peças enigmáticas. Eu avisei: Não é mais um jogo de Damas com apenas dois lados!
Mas não acabei por aqui, pois ainda falta a principal reflexão aos grupos políticos: Cuidado para não combinar o jogo entre vocês reis e rainhas, e esquecer os cavalos e peões, pois eles são menores, mas são imprescindíveis para decidir a partida.
Júnior Queiroz
Radialista e Diretor do Portal Paraíba Mix