O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou ministros para uma reunião nesta sexta-feira (24) onde serão discutidas medidas para a redução do preço dos alimentos.
A reunião acontece após o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmar que haveria uma “intervenção” no preço dos alimentos, o que já foi descartado pelo governo. O termo causou ruído na comunicação do governo com setores do mercado.
Agora, o governo estuda medidas estruturantes, que não sejam intervenções, para que os preços dos alimentos sejam reduzidos. “Nada mais preocupa o governo e o presidente, e isso afeta a popularidade”, disse Orengo.
O anúncio das medidas será feito publicamente somente após a definição da estratégia que será adotada. Entre as possíveis saídas estão mudanças no vale-alimentação e vale-refeição, a sugestão foi proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Atualmente, não há possibilidade de portabilidade destes vales. Também há taxas que são aplicadas à modalidade. A ideia então seria criar a portabilidade para gerar competição no mercado e as taxas caírem.
Outras medidas também estão em estudo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que avalia incentivos à agricultura.
“No fundo isso tem relação direta com o problema fiscal. Não tem como tapar o sol com a peneira. É uma cadeia e não tem pra onde fugir realmente”, disse Orengo.
Após o ruído na comunicação, o governo corre contra o tempo para encontrar uma solução para a questão, que é considerada interna, mas também é afetada pela política.
A ideia da mudança da validade dos produtos, proposta pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), também já foi descartada pelo governo.
“A mudança no prazo de validade dos alimentos já foi discutido pelo governo anterior Essa questão da validade, em função dos reflexos políticos, também já saiu da mesa”, disse Orengo.
Com Band/Uol