Durante entrevista ao programa “Ô Paraíba Boa” desta terça-feira (19), o advogado Rafael Vilhena, que comanda a defesa da enfermeira Rafaella Lima, agredida pelo médico João Paulo Souto Casado, explicou que as violências físicas contra ela aconteceram outras vezes além das duas já expostas por câmeras de segurança de um prédio em que ambos moravam.
De acordo com Vilhena, as agressões, inclusive, aconteciam com alguma frequência. “Elas tinha certa frequência, elas ocorreram mais do que aquelas duas vezes que foram flagradas pelas câmeras do condomínio, até porque é muito comum que essas agressões ocorram na intimidade, mas felizmente ela teve a sorte de as câmeras flagrarem esses dois episódios e aquilo de fato foi a grande motivação para denunciá-lo. Mas ela relata que outros casos aconteceram sim e comprovadas através de fotografias e outras provas”, disse.
O advogado também fez questão de detalhar o motivo pelo qual a enfermeira não denunciou as agressões antes. Segundo ele, em casos de violência doméstica como este, a vítima é sempre envolta em um ambiente em que ela se torna dependente do agressor.
“As vitimas de violência doméstica se vem envoltas em um ciclo muito difícil de ser rompido. A violência nunca começa com uma agressão física. O agressor ele vai neutralizando a vítima, vai deixando-a totalmente vulnerável e ela vai se sentindo com um receio muito grande. Então muitas vezes ela não faz a denúncia no primeiro episódio, por estar envolta naquilo, por acreditar que aquilo não vai se repetir e a vítima fica com dificuldade de romper. A violência domestica é algo muito grave e complexo”, disse.
Relação com o filho do médico
O advogado Rafael Vilhena também contesta a defesa de João Paulo Casado, que através de nota, revelou suposta relação conflituosa e agressiva entre a mulher e o filho do médico, fruto de outro casamento.
De acordo com Rafael, trata-se de uma “insinuação absurda”, levando em conta que, segundo ele, a relação entre a criança e a enfermeira era “maravilhosa”.
“Todas as razões que ele disse que seriam os motivos são completamente absurdas. A Rafaella tinha um relacionamento maravilhoso com o filho do ex-marido, com a criança, como também não existiu extorsão ou vantagem financeira. Não havia nenhuma discussão em relação a criança, não houve nada. Inclusive quando você vê a porta do elevador abrindo no vídeo da agressão, você vê a criança saindo, inclusive próximo a Rafaella”, explicou.
Com Fonte83