PGR arquiva investigação sobre sigilos decretados na gestão Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou recentemente um inquérito que investigava o ex-presidente Jair Bolsonaro por supostas violações ao princípio da publicidade e ao direito de acesso à informação. Durante seu mandato, Bolsonaro decretou mais de 1.000 ordens de sigilo, abrangendo diversas situações.

O inquérito da PGR analisava seis temas principais:

  1. Sigilo sobre encontros entre Bolsonaro e pastores presos pela Polícia Federal por suspeita de corrupção no Ministério da Educação.
  2. Sigilo sobre os gastos do cartão corporativo da Presidência.
  3. Sigilo de 100 anos ao processo disciplinar do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
  4. Sigilo de 100 anos sobre a visita dos filhos de Bolsonaro – que são políticos – ao Palácio do Planalto.
  5. Sigilo de 100 anos para o cartão de vacina de Bolsonaro.
  6. Sigilo de 41 anos para documentos americanos sobre a ditadura no Brasil.

Após realizar diligências, o relator do caso na PGR, Alexandre Camanho, defendeu a continuidade das investigações. No entanto, sua posição foi vencida pelo órgão, que seguiu a orientação de Eitel Santiago, para quem “não é possível vislumbrar improbidade administrativa ou abuso nos atos excepcionais de sigilo” de Bolsonaro.

“Os elementos angariados nos autos não demonstram ter ocorrido violação sistemática ao princípio da publicidade e ao direito fundamental de acesso à informação, como narrado nas representações”, escreveu o subprocurador.

Em 2018, Eitel Santiago disputou as eleições para deputado federal utilizando a foto de Bolsonaro em sua campanha, mas não conseguiu se eleger e retornou à PGR.

Com Veja

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