A perda de espaços do forró e outros ritmos genuinamente nordestinos nos festejos juninos continuam repercutindo no mundo artístico. Nesta quinta-feira (16), o cantor Santana fez um desabafo e previu que se forem mantidas a modificações que estão sendo feitas podem levar ao fim da festa.
“Já houve festas de São João grandes que acabaram por causa da plastificação. Um exemplo é o de Areia Branca, em Sergipe. Um dos maiores do mundo e não existe mais”, alertou Santana em entrevista ao programa Hora H, apresentado pelos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra, na Rede Mais Rádio.
Santana chegou a se emocionar ao falar do tema. Recentemente ele foi flagrado chorando em um show de Flávio José ao ver o artista paraibano sendo aplaudido de pé em Caruaru. No inicio do mês Flávio José, que é um dos principais representantes do forró no Brasil, chegou a reclamar ao ter parte do seu tempo de apresentação diminuído no Maior São João do Mundo, em Campina Grande. O tempo teria sido acrescentado para o show do sertanejo Gustavo Lima.
Para Santana, é preciso que os gestores comecem a tomar consciência dos riscos dessas mudanças para não acabarem com a principal festa brasileira.
“É preciso ter a noção que é uma festa que foi construída com muito esforço. É uma festa diferente do resto do mundo. Ela é única. Então a gente não pode pegar e fazer uma festa igual a dos outros. A gente só é notado porque é diferente. Daqui a pouco não vai mais ser a festa do milho, da canjica, da pamonha. Vai ser hambúrger”, argumentou.
MaisPB