Natural de Curitiba, no Paraná, ele combatia na região da cidade de Bakhmut, a linha de frente mais sangrenta da guerra no momento.
Trata-se do quarto combatente brasileiro morto na guerra desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.
A identidade do soldado ainda não foi revelada, mas companheiros do brasileiro no front confirmaram à CNN que ele morreu no dia 2 de agosto.
A agência de notícias russa Sputnik Brasil afirmou em sua conta nas redes sociais que soldados do país “eliminaram” mais um “mercenário do Brasil” a serviço do exército ucraniano.
O termo “mercenário” costuma ser utilizado por inimigos para identificar soldados que recebem salários para lutar por outros países. O companheiro do soldado que confirmou a morte, no entanto, se referiu a ele como “um herói”.
A embaixada brasileira em Kiev ainda não recebeu a confirmação da morte do soldado. Normalmente, o governo ucraniano demora alguns dias para enviar as informações de morte de estrangeiros aos serviços diplomáticos.
A embaixada apenas faz o registro das certidões de óbito, já que as autoridades brasileiras não são responsáveis pelos nacionais do país que estejam participando da guerra.
Kiev tenta conter informações sobre a morte de estrangeiros por achar que pode ser usada como peça de propaganda pelos russos.
O processo de traslado e pagamento de indenizações é responsabilidade do governo ucraniano, que normalmente crema os corpos dos combatentes e envia as cinzas para as famílias.
Estrangeiros de vários países estão lutando pela Ucrânia no conflito.
Os próprios combatentes estimam que entre 30 e 40 brasileiros tenham se alistado nas forças armadas ucranianas.